Tenho um monte de pensamentos na cabeça que carrego desde a recente viagem que fiz. São divagações sobre museus, arte, vida... Isso tem sido um pouco freqüente neste blog. Não que seja uma anormalidade (falar de viagens no sentido literal e figurado é a minha proposta). Acho, porém, que tem faltado um pouco mais sobre cidades, lugares. Portanto, arriscarei escrever sobre Paris, ainda que não tenha nada tão interessante em mente.
Paris é uma cidade. Claro que isto é óbvio. Trata-se, porém, de uma obviedade necessária de ser dita. É que o glamour, a aura que a cerca, seu charme, romantismo e esoterismo a transformam em algo quase sobrenatural, fantástico. Nisto não há surpresa. O que poucos imaginam encontrar em Paris - ao menos na primeira viagem - é justamente... uma cidade. Um lugar onde há pessoas bem e mal humoradas, onde há carros buzinando, onde há favelas e sujeira, onde as pichações chamam a atenção de um brasileiro em tese acostumado a tamanha falta de educação em suas cidades.
Paris tem vida, é uma cidade como todas as outras grandes cidades, ainda que tenha a Torre Eiffel, o Louvre, o Arco do Triunfo... - e isto faz toda diferença!
Um amigo que esteve recentemente em Nova York e Paris, nas duas ocasiões debutando, costuma exclamar com alegria: "são como São Paulo!". Claro que cada lugar tem suas especificidades. Ele se refere, porém, ao clima da cidade. E não deixa de ter razão (quem o ouve sabe o que ele está querendo dizer). Ainda assim, Paris surpreende. Pelo que tem de belo, sim, mas também pelo que tem de feio. Esta é a reação de quem tinha absoluta certeza de que encontraria na capital francesa todo o glamour, o charme, o romantismo e o esoterismo que a caracterizam, mas nunca imaginou ver tantas pichações, tantos guetos, tanta vida...
PS: usar a palavra "feio" é uma provocação que me impus. Desde que vi Paris pela primeira vez, desejei chamá-la de feia. Apenas para provocar...
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3 comentários:
Ai Piscitelli, esse seu amigo que insiste nessa comparação de NY e Paris com SP já instigou alguns posts... Quem será??? hahahaha
É rodrigo se formos parar para pensar toda bela cidades tem sua frieza...
Eé isso que as tornam tão interessante esta dualidade que podemos em uma análise mais profunda até chamar de semióptica...
esqueci de assinar
Bjo
July
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