Yes, I did! - Uma experiência no Turner Field

Para mim, viajar é mais que conhecer novos lugares. É experimentar sensações. Por isso, sempre que viajo procuro testar experiências que possam me aproximar do lugar onde estou, seja frequentando restaurantes, bares e cafés que os moradores locais frequentam, caminhando por onde eles caminham, fazendo compras em supermercados, farmácias e bancas, indo a jogos, etc.
Jogos. Eis a união de duas paixões, turismo e esporte. Dependendo do destino, sempre checo o calendário esportivo para ver se algum evento irá ocorrer. Foi assim que fui parar numa tarde fria de domingo no Coliseum Alfonso Peres, em Getafe, para assistir a Getafe x Barcelona pela Liga Espanhola. Assistir in loco a uma partida de uma das principais ligas de futebol do mundo foi uma emoção indescritível, que valeu cada um dos 50 euros pagos pelo ingresso. Ver de perto o Barcelona (embora eu tenha torcido pelo Getafe) foi igualmente emocionante. O jogo terminou 1 a 1.
Recentemente, deparei-me com a possibilidade de assistir a uma partida de beisebol pela liga profissional norte-americana. Fiquei entusiasmado. O jogo seria em 15 de setembro, terça-feira, às 19h10. Atlanta Braves x New York Mets. O site do Braves oferecia toda a facilidade (como é praxe nos grandes eventos) para a compra do ingresso. Bastava escolher a área do estádio em que pretendia ficar (ou seja, quanto estava disposto a pagar), solicitar uma cadeira e informar o cartão de crédito. Optei por um lugar de frente para o telão. Paguei pouco mais de 30 dólares e recebi por e-mail um código.
No dia, confesso que estava em dúvida sobre como ir ao estádio e voltar. Andando por Atlanta, descobri que o sistema de transporte público – MARTA – disponibilizava um ônibus Shuttle para os jogos do Braves. Fui eu me informar e descobri que estava a poucos passos do ponto de partida. Melhor: a passagem custaria apenas 2,25 dólares.
Cheguei ao Turner Field por volta de 17h e já havia vários torcedores lá. Na bilheteria, um guichê específico do “Will Call” (para compras pela Internet). Uma atenciosa atendente procurou o envelope com meu nome (isto mesmo, com meu nome) e lá estava meu ingresso. Na entrada, cada torcedor ganhava uma revista do jogo (isto mesmo, do jogo). Um monitor em cada portão (isto mesmo, um em cada portão) levava os torcedores a seus lugares.
A partir daí foi só curtir. Muito. Um telão fenomenal; um sistema de som empolgante, que funciona durante todo o jogo; cerveja, refrigerante e pizza por todo canto; promoções durante a partida, com prêmios para os torcedores... Em campo, um verdadeiro banho do time da casa – 6 a 0 (confesso que achei o jogo um pouco parado na comparação com o futebol, mas ainda assim curti). Adam LaRoche foi o nome da noite com dois “home runs” (quando o jogador dá uma rebatida perfeita e roda todas as bases).



O jogo terminou por volta das 21h30. Na saída do estádio, ainda sem saber que rumo tomar, vi uma placa informando sobre o ponto de táxi. Pronto, problema resolvido.
E para quem pensa que a experiência acabara, qual não foi minha surpresa ao abrir minha caixa de e-mail e me deparar com uma mensagem: “Game recap and thank you from the Braves” (isto mesmo, um feedback, um pós-venda). “Hi Rodrigo, we hope you enjoyed your recent visit to Turner Field”. O e-mail seguia com um resumo do jogo (placar, jogadas, etc), vídeos do jogo (o que ilustra esta postagem foi feito por mim), um pedido de comentário e a oferta de um desconto de 50% na compra do próximo tíquete.
Agora, diga aí: eles sabem ou não promover um jogo?

Ah, antes que eu me esqueça, preciso responder ao comentário dos Braves citado anteriormente: “Yes, I did!”

2 comentários:

Cristiano Persona disse...

Piscitelli, e aquela cerva para vc me contar dessa aventura, qdo rola????

[]´s

RICARDO N2ME disse...

Já passei apuros em Atlanta, capital da Georgia, curral eleitoral da família Bush, sede da Coca-Cola, sede do McDonalds, sede das Olimpíadas de 1996. Gostei muito de tudo que escreveu! Abraços do seu velho amigo Budha!

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