O amor está no ar!

Quando o Poder Público resolve agir, é capaz de transformar - uma cidade e a vida de seus cidadãos. Foi o que vi na capital do Peru, Lima. Um antigo parque da década de 1920. em estado de abandono, foi recuperado pela prefeitura em 2007 e virou um lugar de lazer para os moradores e atração para os turistas. Ele fez parte de um amplo plano de revitalização urbana da cidade levado a cabo pelo então prefeito Luis Castañeda Lossio.
O Parque de la Reserva, assim nomeado já na sua concepção, em 1926 (a inauguração se deu três anos depois, em 19 de fevereiro), hoje abriga o Circuito Mágico das Águas. Trata-se de uma espécie de parque aquático, mas sem piscinas e tobogãs. As atrações incluem fontes diversas e shows que misturam som, luz (e efeitos de raio laser) e água, muita água, num espetáculo que encanta crianças, jovens e adultos.






O parque é apontado como o maior complexo de fontes do mundo. São 13 ao todo, muitas interativas - como o "Túnel das Surpresas", que convida os visitantes a cruzar um túnel de 35 metros de extensão feito com jatos de água. Se ninguém tocar nos jatos, ninguém se molha - mas aí não tem graça...


A principal fonte, porém, é a "Fonte Mágica", que atira um jato a incríveis 80 metros de altura! Foi construída sobre a original de 1929. Quando em ação, simula o desenho de uma flor de lis.


Uma das atrações preferidas das crianças é a fonte "Labirinto do Sonho", um conjunto de quatro círculos que jatos de água que aparecem e desaparecem de repente. O segredo é tentar passar pelos círculos sem ser atingido por um jato - e a diversão é, claro, sair encharcado!





Além de legal, o parque é também muito charmoso, com sua arquitetura neoclássica e em estilo art decó, arvoredos (são mais de sete mil árvores) e flores coloridas. Um lugar apaixonante para os apaixonados. Ele fica entre duas das principais vias da cidade, bem ao lado do gigante Estádio Nacional.

  


Outra atração criativa e encantadora de Lima é o Parque do Amor. Situado logo acima das falésias limenhas, ele tem um nome bem sugestivo e não é à toa: a área é toda pontilhada por bancos e muretas com mosaicos de uma espécie de ladrilho (que lembram as obras de Gaudí). Neles, estão frases e poemas de amor, de famosos e anônimos. Tudo cercado por um belíssimo jardim.
 



 

Quando estive lá, em maio de 2014, havia até um piano à disposição de quem quisesse tocá-lo (a iniciativa é parte de um projeto que espalhou pianos em áreas públicas por toda a cidade).



O ponto central do Parque do Amor é a grande escultura de um casal se beijando. Para fechar a receita, a magnífica paisagem do oceano Pacífico, com parapentes sobrevoando aqui e acolá e, no fim da tarde, o fenomenal encontro do rei sol com as águas escuras do mar.




Em Lima, é impossível não sentir que o amor está no ar!

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