Não costumo dar dicas de hotéis ou restaurantes (ou sequer
dicas quaisquer) neste blog, cuja proposta é trazer relatos e crônicas de
viagens, sem compromisso com indicações de qualquer tipo. Abrirei, porém, uma
exceção para falar de uma rede de restaurantes (quase uma “fast-food”, no
sentido estrito do termo, ou seja, de comida rápida) de origem alemã, presente
em vários países da Europa e também nos Estados Unidos e que desembarcou recentemente
em São Paulo.
Trata-se do Vapiano. É uma casa que une, com maestria, a
qualidade dos produtos, a originalidade na preparação dos pratos, a modernidade
da arquitetura e o preço justo. Quer combinação melhor? Junte-se a isso um
toque de descontração, seja pelo ambiente ou mesmo pelas frases espalhadas pelo
local – perca um tempinho, enquanto curte sua refeição, para ler as inscrições
nas paredes. Começando pelo próprio slogan da rede: “Chi va piano, va sano e va lontano” (um provérbio italiano que
significa mais ou menos o seguinte: “quem vive tranquilo, vive mais e melhor”).
A especialidade da casa é a cozinha italiana, ou mais
precisamente pizzas e massas. Tudo preparado ali mesmo, na hora – o que garante
a qualidade e o frescor dos alimentos. Em todas as lojas da rede onde estive
(Munique, na Alemanha; Estocolmo, na Suécia; e São Paulo) o desenho é o mesmo e
permite que os clientes vejam o local onde as massas são feitas.
A unidade alemã foi a primeira que conheci, ao acaso. O
restaurante ficava na esquina da rua do hotel onde eu estava hospedado e, ao
passar por ele, achei interessante – bonito, aconchegante e com pratos
convidativos nas mesas. Decidi apostar e não me arrependi: ali foram feitas refeições
diárias durante a estadia em Munique, provando cada dia um prato.
Assim que você entra no restaurante, recebe um cartão, que
será sua comanda. Basta se dirigir à fila das pizzas ou das massas (há ainda a
opção de antepastos, como saladas e brusquetas). Se for tomar água ou refrigerante,
poderá pedir na sua própria fila; se preferir um drinque ou cerveja será
necessário pegar outra. As sobremesas também têm um espaço específico. Não se
preocupe: o que chamo de fila são, em regra, duas ou três pessoas aguardando a
preparação dos seus pedidos.
E aqui reside o toque da originalidade: no Vapiano, todos os
pratos são preparados na frente do cliente. Você vê os cozinheiros colocando
cada ingrediente (no caso das pimentas sempre perguntam se elas podem ser incluídas),
sente o aroma desde o azeite esquentando nas panelas tipo “wok” ao manjericão
que dará o toque final na decoração do prato.
O ambiente é absolutamente descontraído, formado por
famílias e gente jovem, bonita, alegre, que vai ao restaurante não só para uma
refeição rápida, mas também para bater papo e tomar aperitivos – em São Paulo,
é possível fazer “happy hour” com chope em dobro (ou seja, pede um, leva dois).
Em Munique, na primavera-verão, é possível ocupar mesinhas na calçada,
observando o movimento da cidade, um verdadeiro encanto.
“O lugar é sofisticado, porém
casual”, escreveu em seu blog o jornalista Pedro Andrade, repórter e apresentador
do “Manhattan Connection” (Globonews, dom., 23h) e da “Fusion TV”, a respeito
da unidade de Nova York – definição que certamente vale para todas as casas da
rede. Aliás, no blog de Andrade é possível ver fotos atrativas do lugar.
Quanto ao preço, bem – esta talvez seja a melhor parte: por
um belíssimo, recheado e saboroso prato de massa e um refrigerante, você pagará
menos de 20 euros na Europa (inclusive na caríssima Suécia) ou cerca de R$ 20 em
São Paulo (algo inimaginável para a capital paulista). Dá até para acrescentar
uma brusqueta e um chopinho (na unidade paulistana, há um espaço exclusivo,
embora integrado ao restaurante, para o bar, uma espécie de “lounge”).
Em tempo: os endereços de cada unidade podem ser conferidos
no site da rede. Ah, e uma última dica: não deixe de experimentar o tradicional
macarrão à bolonhesa. É imperdível!